A defesa da vida é o principal argumento dos que defendem o desarmamento da população, dos que votarão pelo Sim no referendo do dia 23. Acreditar que cada um possa, e deva, com as armas em punho, defender a própria vida é retornar à condição primitiva do cada um por si, é a negação das conquistas civilizatórias do estado democrático de direito. Em vez de reclamar por liberdade de ações individuais que não solucionam o problema, a sociedade deve cobrar dos poderes constituídos ações enérgicas e vigorosas para garantir o bem de toda a população.
Até aqui a história nos mostrou que a arma nas mãos dos cidadãos, das pessoas de bem, trouxe mais insegurança do que segurança. Com a campanha do desarmamento, conduzida pelo Ministério da Justiça, a Polícia Federal e o comando do Exército recolheram mais de 460 mil armas até o início deste mês de outubro. Esse desarmamento deu os primeiros resultados. Uma pesquisa divulgada em 2 de setembro pelo Ministério da Saúde registrou em 2004 uma redução de 8,2% no índice nacional de homicídio por armas de fogo em relação a 2003. Foi a primeira queda nesse índice nos últimos 12 anos! A mesma pesquisa mostrou que os estados onde se registraram as maiores quedas foram justamente onde houve maior adesão à campanha do desarmamento. Leia o texto completo Sim à vida, escrito por Patrus Ananias neste link.
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