A exposição Protótipos/cortado apresenta ao público de Belo Horizonte coleções de imagens de estudos dos espaços urbanos contemporâneos e suas transformações na forma de uma instalação como uma maquete ampliada. O público é convidado a participar realizando colagens compondo novos cenários de destruição e reconstrução usando fotografias realizadas e coletadas pela artista, que serão expostas junto à instalação.
A exposição cria um espaço relacional para conversas sobre a experiência da destruição e da reconstrução das cidades a partir na noção de protótipo. Entende-se o protótipo como algo que é temporário, e não algo definitivo. Na exposição o público é convidado a criar seus próprios “protótipos” como modo de pensar a experiência urbana, território comum da vida na contemporaneidade. A exposição ela mesma também se coloca como um protótipo de reflexividades sobre o espaço urbano, e os aspectos subjetivos, políticos e econômicos que se desenvolvem, por isso são apresentadas uma maquete da exposição e a exposição como maquete.
As fotografias apresentadas são de demolições em bairros regenerados da cidade de origem da artista, Porto Alegre; de Londres e outras cidades européias registrandas em constante reconstrução; do atual Rio de Janeiro onde diversas casas são destruídas por projetos de reforma urbana; assim como imagens de arquivos de Guerra, bombardeios, destruições sumárias que apresentam como o aspecto econômico atua na reconstrução desses espaços.
“Protótipos/colagens”, colagens com o público, usado o arquivo de imagens da artista
Durante dois dias por semana há mediação na exposição para a realização de colagens com o público. As colagens são incluídas na instalação. Os participantes também são convidados a trazerem suas próprias imagens relacionadas a construção/destruição. Algumas serão selecionadas para constarem no catálogo final da exposição.
Quintas e sextas à tarde (entre 14h e 18h) há monitoria no espaço para a realização das colagens.
Texto da artista (trecho)
“Há pouco mais de um ano resolvi voltar para algumas imagens que pareciam inócuas em meu arquivo pessoal de negativos. Cortei compondo novas situações. Desapego do retângulo, do registro da fotografia, e abertura para sua vulgaridade. As novas composições insistiam, contudo, em olhar novamente para uma realidade já conhecida: o desaparecimento paulatino de casas. A reestruturação da cidade em novas modulações. A emergência da especulação imobiliária e sua intervenção sobre um tempo lento. Dos fragmentos começam a surgir outras imagens . O que você vê? O que será a próxima colagem? Que fotografias escolho? Que sobras de recorte? Que relação você estabelece com estas imagens? Qual a procedência das fotografias? Como chegou a elas? Desde quando um interesse por lugares destruídos toma o seu olhar? De que forma estas imagens lhe afetam?”
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Protótipos/cortado, de Cristina Ribas
Abertura da exposição: 8 de maio, 17h Conversa com a artista e convidados
Período da exposição: 8 de maio a 7 de junho de 2012
Horário de visitação: segunda à sexta, de 10 às 18 horas
Realização das colagens: quinta e sextas, das 14 às 18 horas
Projeção de filmes, 19 h
16 de maio – Mãos sobre a cidade (Le mani sulla città), ficção de Francesco Rosi, 1963, Itália
23 de maio – Berlin Babylon, documentário de Hubertus Siegert, 2001, Alemanha
Endereço: Funarte MG – Rua Janurária, 68, Floresta, Belo Horizonte