Mercado de Santa Tereza: vote e ajude a decidir qual vai ser o futuro daquele espaço

A votação para o futuro do Mercado de Santa Tereza está acirrada. Participe: www.pbh.gov.br/mercadosantatereza
(votação aberta até o dia 5 de dezembro de 2008)

Santa Tereza é um bairro de tradição boêmia da cidade de Belo Horizonte. Tem todo um clima especial, cheio de bares e pessoas legais. É até clichê falar isso, mas para quem não conhece o bairro e/ou a cidade, é legal saber que foi lá onde nasceram o Clube da Esquina, Skank, Sepultura. Santa Tereza tem sua charmosa praça que já foi palco de tantos shows e espetáculos memoráveis. Tem o Recanto da Seresta, o Bolão, o Bar do Pescador e vários lugares onde já aconteceram muitas histórias.

Um dos espaços do bairro que não anda muito bem há alguns anos e sobre o qual a comunidade do bairro e a Prefeitura vêm discutindo muito é o Mercado Distrital de Santa Tereza. Essa discussão desembocou na votação pública para escolha do projeto que será implantado no Mercado e que definirá qual o futuro daquele espaço.

Três projetos estão em votação: (clique no nome do projeto para saber mais sobre ele):

Para votar, basta ter título eleitoral de Belo Horizonte e acessar a página: Votação para projetos do Mercado Santa Tereza

Saiba tudo sobre a votação no site:
www.pbh.gov.br/mercadosantatereza

Não deixe de participar votando no projeto que você acha mais adequado para aquele espaço tão interessante.

13 comentários sobre “Mercado de Santa Tereza: vote e ajude a decidir qual vai ser o futuro daquele espaço

  1. cyrano disse:

    Rapaiz,

    fiquei sabendo que dá pra você descobrir o número de qualquer pessoa no site do TRE, se você tiver o nome completo dela e a data de nascimento. Ruim isso, né?

    Diz aí, cê já votou?

  2. Marcelo Terça-Nada! disse:

    Oi Cyrano,
    Esse lance do TRE é estranho, eim?

    Ainda não votei, estou na maior dúvida, conversando até com várias pessoas antes de definir meu voto.

    O que vc achou dos projetos?

    Abraços,
    Marcelo

  3. cyrano disse:

    Eu não resisti. rere

    http://cyranodisse.blogspot.com/2008/11/no-resisti.html

    Não que eu ache Galpão ou Giramundo ruins. Mas a proposta deles, a divulgação super-emperequetada com cartazes e panfletos mil (que estou vendo aqui na FAFICH, aos borbotões), não sei, isso me cheira a dinheiro *demais* rolando.

    E onde tem dinheiro demais rolando, tem esgoto embaixo. Você sabe que sou desconfiado.

    Além do que, na lista de EcoSol, um cara do bairro falou da luta da associação e defendeu a proposta deles, o que achei bastante sensato. Confio mais numa associação do que numa parceria entre uma empresa e dois grandes grupos culturais que nunca foram conhecidos por uma luta de abertura cultural, mas sim por um trabalho artisticamente impecável.

    Uma coisa é o artista, outra o gestor. Né verdade? Imagina se tivessem colocado o Caetano, e não o Gil, no MinC… ;)

    abraços!

  4. André de Proença disse:

    Concordo em TUDO que o Cyrano disse acima…
    Onde tem dinheiro demais, a contrapartida é perigosa!
    Entidades que já têm Usiminas, Vale, Petrobrás e tantas outras como patrocinadores, têm sede própria, aparecem com cartazes e panfletos em papel couché, tiragens de ‘trocentos’ mil, ficam fazendo espetáculos gratuitos em praças e locais públicos de BH, sei não!!!
    Sou fã de carteirinha de Galpão e Giramundo, mas estou – bem mineiramente – desconfiado demais………..
    A Praça da Liberdade está prestes a se tornar um dos maiores pólos culturais deste País, com todos os prédios das Secretarias se tornando espaços voltados para a arte e a cultura: qual o motivo então dos Grupos acima não pleitearem um deles? A comunidade do Bairro foi quem brigou para que a Prefeitura não tornasse o Mercado em quartel… Nada mais justo que eles mantenham o local como sempre foi, um espaço gastro-etílico-cultural que atende os anseios dos moradores do Bairro…
    Infelizmente, o dinheiro – mais uma vez – está falando mais alto que o bom senso… É uma pena!!!

  5. Gabriel disse:

    Mas vocês não acham isso bom? É um projeto muito mais legal o do Galpão Cine Horto com o Giramundo e a Agentz. São três grupos excelentes e com nome, ou seja, muito mais fácil captar recursos para os projetos que serão oferecidos para a comunidade.

    E nem tem essa de dinheiro rolando solto. O Galpão Cine Horto é independente do grupo Galpão, vive numa casa alugada à custa de doações e leis de incentivo; é o grupo cultural do Galpão, saca? A mesma coisa com o Giramundo. Nos três grupos o que vai pro Mercado Cultural é a parte pública deles, os museus, as oficinas e os teatros. O grupo Galpão, por exemplo, tem sua sede própria e vai continuar lá, tendo nada a ver com o mercado.

  6. cyrano disse:

    Bom, porque você achou o projeto mais legal? Eu, na verdade, prefiro ver um espaço sendo aberto para pequenas iniciativas, e não para aquelas que, bem ou mal, já se estabilizaram. O projeto do Galpão e do Giramundo é grandioso, isso é inclusive visível no próprio projeto arquitetônico deles. Não vejo como pequenos grupos de produção, pequenos coletivos de artistas, enfim, pequenos tudo poderiam se instalar por ali.

    Pelo simples fato de que os grandes gostam de valorizar os grandes. Isto é, vão valorizar outras iniciativas que já tem algum nome, alguma experiência mais consolidada, etc. Por mais que isso seja louvável, acho ainda mais apoiar o que é ainda menor, ainda mais molecular…

    Não falei sobre “dinheiro rolando solto”. A idéia é que dinheiro chama dinheiro. QUem investe muito dinheiro espera muito dinheiro de volta. QUem tem muita grana é quem sabe fazer grana. A lógica é sempre cíclica, por isso eu falei que esses grupos, que são grandes e estabelecidos, vão tender a apoiar outros grupos e iniciativas também mais estabelecidas. Não vão propor inovações, ousadias, vão repetir o que já dá certo. Entende? O que inova é sempre pequeno, marginal, suspeito… Essas coisas não terão espaços nesse terceiro projeto, e é isso que me afasta dele.

    E o segundo projeto abarca mais áreas de atuação. O terceiro é muito voltado pra “arte”, ou melhor, pro mercado de consumo cultural. Parecido, demais, com a lógica do “circuito cultural” da Praça da Liberdade, que pra mim não é nada mais que passatempo pra executivo. Como diria Félix Guattari: “cultura é um conceito reacionário”.

    Quem quiser saber porquê ele disse isso, leia Micropolítica: cartografias do desejo, da Suely Rolnik com ele. É bem interessante — isto é, marginal, suspeito…

    ;)

  7. marco fernandes disse:

    No nosso site, temos uma seção (BLOGS) dedicada às publicações sérias sobre a questão do Mercado.

    Estamos incluindo um link para a página de vocês.

  8. cyrano disse:

    vou aproveitar o espaço pra colocar, aqui mesmo, um e-mail que recebi de um morador do bairro, que conheço e que é um dos organizadores do forumdoc.bh:

    Amigos,

    Como todos sabem, está em processo de eleição a escolha da nova proposta de ocupação do Mercado de Sta Tereza!

    Três propostas estão concorrendo na votação aberta pela prefeitura. Sinceramente, me oponho ao processo “democrático”, acionado pelo poder público, para escolha do futuro mercado. Acredito que o poder de decisão poderia ser dado àqueles que lutaram pela preservação do mesmo: os moradores do bairro!

    Entre as propostas, uma foi elaborada pelos moradores, em reuniões promovidas pela associação e outras entidades. É o Marcado Mineiro, que prevê a revitalização do mercado enquanto mercado (e acho esse um ponto importantíssimo! ) com a integração dos comerciantes que fizeram parte da história daquele espaço e, complementando o projeto, a criação de uma incubadora de artes, uma escola de gastronomia e um centro de referência e comércio de artesanato.

    Os outros dois projetos são encabeçados por já conhecidos e reconhecidos grupos culturais da cidade e produtoras. Não quero me deter criticando os mesmos ou suas propostas. Mas terei de me posicionar contra eles. Ambos os projetos vêem na ocupação do mercado uma oportunidade de constituírem um espaço permanente para suas realizações. Ou seja, de uma forma um espaço público estará sendo ocupado por entidades privadas. Se me entendem. Sei que a produção cultural desses grupos é de grande amplitude, mas na realidade o espaço do mercado se transformará na sede do Grupo Galpão ou do Tambor Mineiro, no Museu e ateliê do Giramundo, ou no escritório de uma agência de publicidade ou de uma ONG ambiental!

    A de se dizer que esta disputa é tbem desigual, tendo em vista o peso que o nome dos grupos agrega e os recursos financeiros que dispõem.

    Defendo mesmo a proposta “nativa”. Não só como morador, mas, acima de tudo, por considerá-la a mais legitima! Quando do processo de luta pelo mercado foram os moradores que se mobilizaram, entraram na justiça, organizaram um plebiscito e impediram a ocupação pela polícia! Nenhum desses grupos se manifestou na época nem pró, nem contra a iniciativa.

    Ponderando tbem uma preocupação dos moradores do bairro que é a do impacto ambiental que tais propostas podem trazer ao bairro. Um movimento intenso de veículos e pessoas que o bairro não comporta!

    O site da proposta do bairro é esse: http://www.votosantatereza .com.br

    Peço, pois, que pensem bem no momento de votar e apoiem o Mercado Mineiro!

    Obrigado e um forte abraço!!! E ajudem a divulgar!!!

    rafa

  9. Marcelo Terça-Nada! disse:

    Oi Marco,
    Não achei a notícia sobre a interrupção do concurso no site que vc indicou. Você se importaria de colocar o link direto para a notícia?

    Obrigado pela visita.
    Abraços,
    Marcelo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *