Reverberações 2010: 4ª edição do festival de cultura colaborativa

Entre 7 e 10 de julho de 2010 acontece em São Paulo o Reverberações – um festival com foco em arte, ativismo e processos coletivos de trabalho e criação.


(clique na imagem para ampliar)

Cultura Colaborativa baseia-se no conceito de que o fazer criativo se dá pela informação e conhecimento livre e compartilhado.

O Reverberações trata-se de um encontro aberto e participativo, que articula e agrega diferentes profissionais que trabalham com novas metodologias, processos coletivos de criação e/ou iniciativas culturais colaborativas atuantes nas cinco regiões brasileiras e no exterior. Agrega princípios como: colaboração, autogestão, autonomia e inter-independência na produção atual das artes visuais e cultura brasileira. Isso prevê a arte também em relacionamento com a ecologia, política, questões sociais e de trabalho, entre outros.

A programação inclui:

  • CONVERSAS EM RODA com palestras de convidados sobre temas culturais atuais,
  • mostra de vídeos no cimena CIRCUITOS COMPARTILHADOS,
  • construção coletiva do MAPA sobre Ruptura e Transformação,
  • exposição do ACERVO CORO,
  • LABORATÓRIOS DE AÇÁO

Mais informações e inscrições (gratuitas) no site: www.reverberacoes.com.br

Local: Espaço Matilha Cultural
Rua Rêgo Freitas, 542 – República – São Paulo, SP – Brasil
REVERBERAÇÕES acontece a cada 2 anos desde 2004… não perca!

Eventão na Praia da Estação

No sábado, dia 06 de março de 2010, acontecerá o Eventão de qualquer natureza, mais uma ação de ocupação da Praça da Estação contra o decreto que proíbe a realização de eventos de qualquer natureza naquela praça.

As atividades se iniciam com a Praia da Estação na parte da manhã e se prolongam durante todo o dia com performances, oficinas, exposições, saraus e debates.

Às 16 hs teremos a a concentração do Maracatu Baque Trovão.

A partir das 17:30hs se iniciam os shows que vão até às 22hs com as apresentações de: Cida Reis, Airton Cruz e Carlinhos Ferreira; Projeto Saravá; Ü e Graveola e o lixo polifônico (com participações de Rafael Macedo, Urucum na Cara e Dead Lover’s)

Compereça e ajude a divulgar!

Vídeo sobre intervenções urbanas do Poro

Se o vídeo não estiver aparecendo abaixo, clique aqui

Desde 2002, o Poro realiza intervenções urbanas em várias cidades. Um pouco dessa história é contada no recém lançado documentário “Poro – intervenções urbanas e ações efêmeras” – um prato cheio para quem se interessa por questões como paisagem urbana, cidades, outros circuitos, arte no espaço público e questões tangentes. Entre as intervenções presentes no vídeo, estão: Olhe para o céu, Superfície da cidade, Enxurrada de letras, Jardim, Aquários suspensos, Contra as palavras de ordem, Faixas de anti-sinalização, Azulejos de papel, Desenhando no vento.
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A insurgência das pipas (e outros jogos potencialmente subversivos)

Texto de Wellington Cançado | Fotos: Marcelo Terça-Nada!

1ª Parte

Bente altas, queimada, rolimã, futebol, pipa, pique-esconde: jogos e brincadeiras de rua. Todos extintos com a extinção da própria rua. Afinal, depois de tanto “matar a rua” ao longo do século 20 parece que finalmente conseguimos o que queria Le Corbusier, aquele arquiteto franco-suíço que queria também demolir a Νle de la Cité em Paris onde se encontra a Notre Dame para ali erguer a sua “Cidade Radiosa”, uma espécie de Barra da Tijuca primordial.

Mas não é que a rua propriamente dita tenha desaparecido, afinal todos os dias somos surpreendidos por outdoors propagando a duplicação e o alargamento das vias por toda a cidade. O que desapareceu mesmo, foi a possibilidade da rua como lugar do ócio, do encontro, das brincadeiras, dos jogos e da festa. Desapareceu a rua como lugar privilegiado da infância, ou de infâncias privilegiadas. Aquela infância dos nossos pais nas florescentes porém ainda humanas capitais, mas também a rua das crianças dos interiores por todo o país. Ruas em que crianças passavam as noites jogando e brincando, em que os portões eram gol, que a calçada era pista, que o degrau era rampa, que o muro era esconderijo, que a árvore era desafio, que o lixo era brinquedo, que o asfalto era campo, que os carros eram raros. Continuar lendo