O Sim é um avanço. Artigo de Leonardo Boff

Votar 2 significa um passo a mais na busca urgente de uma cultura de paz. Atrá de cada arma, há um assassino potencial. E a ninguém é dado o direito ou concedida a liberdade de possuir um instrumento capaz de tirar a vida de um ser humano.

No Brasil são mortas por armas de fogo cerca de 100 pessoas por dia e outras tantas ficam paraplégicas. Isso representa uma devastação diária maior que a duas guerras do Iraque e do Afeganistão juntas. Como enfrentar este verdadeiro estado de guerra civil cujas vítimas são em 40%, jovens com a idade entre 14 e 25 anos? O Estatuto do Desarmamento já aprovado e o atual referendo sobre a comercialização de armas visam oferecer uma resposta. Ainda que insuficiente, se não podemos eliminar totalmente o problema, tentemos, pelo menos, minimizá-lo. Há os que querem os que votarão 2 coibindo a comercialização de armas. Na verdade, atrás de cada arma há um assassino potencial. Mesmo em legítima defesa, arma foi construida diretamente para matar ou ferir. Leia o texto completo O Sim é um avanço de Leonardo Boff clicando aqui.

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Arma é morte. Vida é SIM. Vote 2.

A defesa da vida é o principal argumento dos que defendem o desarmamento da população, dos que votarão pelo Sim no referendo do dia 23. Acreditar que cada um possa, e deva, com as armas em punho, defender a própria vida é retornar à condição primitiva do cada um por si, é a negação das conquistas civilizatórias do estado democrático de direito. Em vez de reclamar por liberdade de ações individuais que não solucionam o problema, a sociedade deve cobrar dos poderes constituídos ações enérgicas e vigorosas para garantir o bem de toda a população.

Até aqui a história nos mostrou que a arma nas mãos dos cidadãos, das pessoas de bem, trouxe mais insegurança do que segurança. Com a campanha do desarmamento, conduzida pelo Ministério da Justiça, a Polícia Federal e o comando do Exército recolheram mais de 460 mil armas até o início deste mês de outubro. Esse desarmamento deu os primeiros resultados. Uma pesquisa divulgada em 2 de setembro pelo Ministério da Saúde registrou em 2004 uma redução de 8,2% no índice nacional de homicídio por armas de fogo em relação a 2003. Foi a primeira queda nesse índice nos últimos 12 anos! A mesma pesquisa mostrou que os estados onde se registraram as maiores quedas foram justamente onde houve maior adesão à campanha do desarmamento. Leia o texto completo Sim à vida, escrito por Patrus Ananias neste link.

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Por que sou a favor do desarmamento

Há vários motivos para dizer sim ao desarmamento, vamos a alguns deles:
– O direito a permanecer vivo vale muito mais que o direito de ter armas

– Quanto mais armas, mais acidentes com armas (Veja a cobertura sobre acidentes com armas de fogo clicando aqui )

– Muitas pessoas são mortas por tiros vindos de arma de mão (Entre 1979 e 2003, mais de 550 mil pessoas morreram no Brasil, vítimas dessas armas).

– Porque uma das fontes de armas ilegais é o roubo de armas das pessoas comuns (veja mais em: Armas de civis alimentam o crime no Brasil )

– Por mais que os testes para se ter porte de arma possam ser rigorosos, todas os seres humanos passam por situações de descontrole emocional: brigas de trânsito, confusões em torcidas de futebol, brigas de casais etc.

– O referendo faz parte de uma grande campanha, vinda do Estatuto do Desarmamento. Essa campanha passou por várias etapas, entre elas a da entrega voluntária de armas. Desde que a campanha começou, mais de 400 mil armas foram entregues e o número de pessoas assassinadas por arma de fogo diminiu. Coincidência? Claro que não!

– Há no mundo hoje várias campanhas pelo desarmamento em vários níveis, indo do controle de venda de armas de fogo ao combate da proliferação de armas nucleares, passando pela proibição de venda de armas e munição. Veja por exemplo as ações do ControlArms: http://www.controlarms.org (há uma versão em português do dossiê “Vidas despedaçadas” preparado por eles sobre Comércio de Armas, veja neste link )

– Você já pensou a quem interessa o desarmamento? Os maiores interessados na venda de armas são a indústria armamentista (que doou R$1,5 milhões para a campanha do NÁO) e entidades conservadoras como a Revista VEJA (vide capa-panfleto publicada na primeira semana de outubro). Mas quem está defendendo o desarmamento? Não por acaso, são as mesmas instituições que batalham por um mundo melhor, entre elas: a Abong (Associação Brasileira de ONGs), Instituto Viva Rio, Ação da Cidadania (Natal sem fome), Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), a Oxfam (Organismo mundial pelo combate da desigualdade e responsável por iniciativas como a “Chamada global contra a pobreza” ou a “Make Trade Fair” de promoçao do Comércio Justo) e diversas outras.

Quer outros motivos? Leia o texto: 10 razões para dizer sim ao Desarmamento.

Este é o quarto post sobre desarmamento aqui no Vírgula-imagem. Os outros três foram:

Veja outras opiniões sobre o desarmamento no Nós na Rede
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Tudo que o lobby das armas não quer que vc saiba

Essa semana foi lançado livro com diversos estudos a favor do desarmamento e analisando o tema a fundo. Escrito por Marcos Rolim, ativista dos direitos humanos, o livro “Desarmamento – Evidências Científicas ou tudo aquilo que o lobby das armas não gostaria que você soubesse” aponta dados importantes para entender a dimensão e a natureza do problema. O livro faz o levantamento do problema no mundo e também no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde e do IBGE, nos últimos dez anos, mais de 325 mil pessoas foram assassinadas no país. A maioria delas foi vitimada por armas de mão, revólveres e pistolas. Essas armas, respondem por cerca de 63% de todos os homicídios no Brasil. Entre 1979 e 2003, mais de 550 mil pessoas morreram no país, vítimas dessas armas.

Rolim também analisa alguns dos argumentos utilizados pelos defensores das armas no Brasil. Um deles é aquele que afirma: “armas não matam; são as pessoas que matam”. O autor comenta: “Esta é uma daquelas afirmações muito ao gosto de um público televisivo, acostumado com a exigência intelectual de programas como Big Brother e que, por isso mesmo, agradam muito e tendem a ser repetidas infinitas vezes como se, de fato, dissessem algo”. Propõe a seguinte estratégia de resposta: “Caso você tenha que enfrentar este tipo de lógica seja simples e direto. Diga algo como: É verdade, armas não matam. E também não morrem. Quem morre são as pessoas”.

Leia o texto completo na Agência Carta Maior
Saiba mais razões para o desarmamento
na NovaE e no site Diga SIM à vida

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