Amo a emoção que corrige a régua.
Márcio Sampaio
Até o dia 30 de outubro de 2005 está em cartaz na Grande Galeria do Palácio das Artes em Belo Horizonte uma exposição imperdível: a retrospectiva Declaração de Bens de Márcio Sampaio.
Uma rara oportunidade de ver um panorâma da produção de Márcio Sampaio: Poemas-objeto, Poemas-instalação, Quadros-objeto e outras obras deliciosas produzidas desde a década de 70.
Márcio Sampaio revisita a história da arte com muito bom humor. As várias referências do modernismo brasileiro são relacionadas a quadros-ícone da arte européia de maneira irônica e inteligente. Mondrian, Tarsila do Amaral, Monet, Guignard, Malevitch, Oswald de Andrade, Ingres, Carlos Drumond, Picasso e Volpi são engolidos e homenageados no melhor “estilo” antropofágico.
Além da brilhante série de poemas-objeto que incluem remontagens em forma de grandes instalações, pode-se destacar obras como a pintura Vernissage (série Galeria Antropofágica IV) de 1977 ou os vários trabalhos da “grife” Abaporu, como a Finíssima Aguardente Abapuru cujo slogan é “A alegria é a prova dos nove”.
Não deixe de conferir.
À mesa
todo dia:
pão, poesia.
Hai-kai, 1988. Instalação-poema de Márcio Sampaio
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