I Ciclo Ativa de Diálogos Plurais – Arte contemporânea e resistência: decolonialidade, cidade e gênero

I Ciclo Ativa de Diálogos Plurais com o tema “Arte contemporânea e resistência: decolonialidade, cidade e gênero”

O I Ciclo Ativa Diálogos Plurais tem como proposta debater três temas essenciais ao mundo contemporâneo: decolonialidade, gênero e cidade. Artistas e estudiosos de todo o país vão discutir a produção artística atual relacionada às questões políticas e sociais sobre direitos humanos, revisão histórica, racismo, diversidade de gênero e vida na cidade. Serão 10 encontros entre os meses de janeiro e março de 2021, todas as segundas-feiras, às 19h, no ambiente virtual (por meio da plataforma Zoom). A proposta é uma iniciativa do Ativa Atelier Livre, organizada pelos artistas visuais Lanussi Pasquali e Fábio Gatti.

No primeiro eixo, com o tema decolonialidade, vão participar Marcela Bonfim (RO), Adriano Machado (BA) e Tiganá Santana (BA). No segundo, com a cidade como assunto central, estarão Denilson Baniwa (AM/RJ), Marcelo Terça-Nada (MG/BA) e Gabriela Leandro Gaia (ES/BA). No terceiro e último eixo, o tema gênero será debatido por Luma Nogueira de Andrade (CE), Fernanda Magalhães (PR), Rita von Hunty (SP) e Stéfano Belo (MA/BA/PR).

Estão disponíveis 15 bolsas integrais e 10 bolsas parciais para o evento. Clique para saber mais e divulgue para outras pessoas.

Mais informações: www.instagram.com/ativa_atelier

SERVIÇO

O QUE É: I Ciclo Ativa Diálogos Plurais
QUANDO: entre janeiro e março de 2021, segundas-feiras, às 19h
ONDE: Plataforma Zoom
QUEM PROMOVE: Ativa Atelier Livre
QUANTO: R$ 300,00 para o ciclo completo, pode ser comprado pelo Sympla (dividido de acordo com as condições da plataforma) ou pago via boleto/transferência bancária.
EIXO AVULSO: R$ 200,00 (Decolonialidade e Cidade) e R$230,00 (Gênero)
>> Para inscrições e bolsas acesse o link na bio de instagram.com/ativa_atelier

Saiba mais sobre cada módulo e cada palestrante:

—– decolonialidade —–

18 de janeiro/2021

Marcela Bonfim (sp/ro)

Economista; Marcela Bonfim; era outra até os 27 anos. Na capital paulista, acreditava no discurso da meritocracia. Já em Rondônia; adquiriu uma câmera fotográfica e no lugar das ideias deu espaço a imagens e contextos de uma Amazônia afastada das mentes de fora; mas latentes às vias de dentro. As lentes foram além; captando da diversidade e das inúmeras presenças negras; potências e sentidos antes desconhecidos a seu próprio corpo recém-enegrecido.

Marcela Bonfim

25 de janeiro

Tiganá Santana (ba)

Professor Adjunto do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Prof. Milton Santos (UFBA), atuando no Bacharelado Interdisciplinar em Artes. Doutor em Letras (USP) e bacharel em Filosofia (UFBA). Atualmente desenvolve pesquisa de Pós-doutorado no Instituto de Estudos Brasileiros/USP. Suas investigações voltam-se, principalmente, para as línguas, linguagens, artes e cosmologias africanas, com ênfase nas culturas bantu, estabelecendo-se os cruzamentos entre tais chaves de pensamento, a encontrarem-se com construções afrodiaspóricas, e aquelas provenientes de outras experiências culturais de existência não ocidentais e ocidentais. É tradutor e tem -experiência na área de Artes, notadamente, composição e performance musicais, Literatura e Curadoria Artística. No âmbito dos Estudos da Tradução, direciona-se à investigação intersemiótica, sobretudo, no que tange a distintas linguagens artísticas e a distintas percepções de mundo, tendo como base constante referenciais teóricos afrocentrados em diálogo com outros modos, paradigmas e correntes de pensamento e expressão, tais como alguns ameríndios. Possui pesquisas em torno de pensadores africanos como Bunseki Fu-Kiau, Zamenga B. e Sophie Oluwole. É poeta e foi o primeiro compositor da história fonográfica brasileira a apresentar, como compositor (e intérprete), um álbum musical com obras em línguas africanas.

Tiganá Santana

01 de fevereiro

Adriano Machado (ba)

Artista Visual. É Mestre em Artes Visuais pela UFBA e desenvolve projetos artísticos em fotografia, vídeo e objetos que buscam discutir questões sobre identidade, território, ficção e memória, investigando processos de políticas de vida. Suas obras apontam para a condição humana entre os espaços de convivência e os territórios afro-inventivos. Participou de exposições como Maratona Fotográfica FIF-BH (2020); Bienal de Cerveira (Portugal, 2020); Valongo Festival Internacional da Imagem (Santos/SP, 2019); Concerto para pássaros (Goethe Institut, Salvador, 2019); Panapaná “Vamos de mãos dadas (João Pessoa, 2018). Ganhou o prêmio principal nos Salões de Artes Visuais da Bahia em 2013 e menções especiais em 2011 e 2014, e o Prêmio Funarte de Residências artísticas 2019. Também realizou residências artísticas na Pivô Pesquisa Ciclo III/Beck’s (São Paulo, 2020); Fluxos: Acervos do Atlântico Sul (Salvador, 2019) e VerdeVEZ, no Campo arte contemporânea (Teresina, 2019).

Adriano Machado

—– cidade —–

08 de fevereiro

Denilson Baniwa (am/rj)

Nasceu em Mariuá, no Rio Negro, Amazonas. Sua trajetória como artista inicia-se a partir das referências culturais de seu povo já na infância. Na juventude, o artista inicia a sua trajetória na luta pelos direitos dos povos indígenas e transita pelo universo não-indígena apreendendo referenciais que fortaleceriam o palco dessa resistência. Denilson Baniwa é um artista antropófago, pois apropria-se de linguagens ocidentais para descolonizá-las em sua obra. O artista em sua trajetória contemporânea consolida-se como referência, rompendo paradigmas e abrindo caminhos ao protagonismo dos indígenas no território nacional.

Denilson Baniwa

15 de fevereiro

Marcelo Terça-Nada (mg/ba)

Atua com Artes Visuais na interseção entre cidade, escrita, fotografia e intervenção urbana. Participou de exposições em diversas cidades do Brasil e em países como: Argentina, Índia, Espanha, Holanda, Eslovênia e Áustria. Faz parte do Poro com o qual realizou intervenções urbanas e participou de eventos como a 3a Bienal da Bahia em Salvador e a exposição Cidade Gráfica, no Itaú Cultural. Publicou os livros “Pequeno Guia Afetivo da Comida de Rua de Salvador”, “Intervalo Respiro Pequenos Deslocamentos”, “Brasília: (Cidade) [Estacionamento] (Parque) [Condomínio]” e “Manifesto”. Recebeu o prêmio Brasil Arte Contemporânea 2011, da Fundação Bienal de São Paulo e Ministério da Cultura e o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2012. É mestrando do PPGAV-EBA-UFBA.

Marcelo Terça-Nada

22 de fevereiro

Gabriela Leandro – Gaia (es/ba)

Professora Adjunta da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia. Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Espírito Santo. Doutora e Mestre pelo Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFBA, com passagem pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (Doutorado Sanduíche). É integrante do Grupo de Pesquisa Lugar Comum (PPGAU/FAUFBA), do MALOCA – Grupo de Estudos Multidisciplinares em Urbanismos e Arquiteturas do Sul (UNILA) e do Grupo de Estudos Corpo, Discurso e Território (FAUFBA). Seus trabalhos versam sobre narrativas, histórias, memórias e epistemologias produzidas sobre a cidade e seus apagamentos, aproximando-os do debate étnico-racial e de gênero. Em 2017, foi vencedora do Prêmio de Teses da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional, com sua pesquisa de doutorado. É integrante da Coletiva Terra Preta.

Gabriela Leandro - Gaia

—– gênero —–

01 de março

Fernanda Magalhães (pr)

Artista, Fotógrafa, Performer e Professora de Artes na Universidade Estadual de Londrina (desde 1991). Realizou Pós-doutorado pelo LUME – Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da Unicamp (2016) e é Doutora em Artes pela Unicamp (2008). Recebeu o VIII Prêmio Marc Ferrez de Fotografia – Minc/Funarte -, em 1995 com o Projeto “A Representação da Mulher Gorda Nua na Fotografia”. Publicou os livros “Corpo Re-Construção Ação Ritual Performance”, Travessa dos Editores (2010) e “A Estalagem das Almas”, em parceria com a escritora Karen Debértolis, Travessa dos Editores (2006). Suas obras integram os acervos de instituições como a Maison Europèene de la Photographie em Paris, França; o Museu Oscar Niemeyer em Curitiba, Paraná; a Coleção Joaquim Paiva de Fotografia Contemporânea no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e o Acervo do Projeto Armazém, Florianópolis, Santa Catarina.

Fernanda Magalhães

08 de março

Luma Nogueira de Andrade (ce)

Autora do livro Travestis nas Escolas: Assujeitamento e Resistência a Ordem Normativa

e Organizadora do E-BOOK: Diversidade Sexual, Gênero e Raça: Diálogos Brasil-África. Professora Adjunta da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB, atua na graduação do Instituto de Humanidades, no Mestrado Acadêmico em Sociobiodiversidade e Tecnologias Sustentáveis (MASTS) e no Programa de Pós-Graduação em Ensino e Formação Docente (PPGEF). Doutora em Educação pela Universidade Federal do Ceará, Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte. Licenciada em Ciências pela Universidade Estadual do Ceará. Ex Presidenta da Associação Brasileira de Estudos da Homocultura – ABEH. Indicada pela SEDUC-CE a Medalha do Mérito Funcional (2010). Vencedora do II Prêmio Ciências (MEC, CNPQ, ONU), vencedora do Prêmio Educando Pela Diversidade Sexual (Senado Federal), vencedora do prêmio Artur Guedes, e vencedora do prêmio internacional Stonewall 50 anos.

Luma Nogueira de Andrade

15 de março

Rita von Hunty (sp)

Rita von Hunty é a persona drag de Guilherme Terreri, ator formado pela UNIRIO e professor de língua e literatura inglesa formado pela USP. Hoje atua no cinema e no teatro, apresenta um programa de tv (Drag Me As A Queen) e um canal no Youtube com mais de 600 mil inscritos (Tempero Drag), além de viajar o país oferecendo cursos e formações que discutem, através dos Estudos de Cultura, temas centrais de nossas vidas em sociedade.

Rita von Hunty

22 de março

Stéfano Belo (ma/ba/pr)

Artista cigana nascida em São Luís/MA, criada em Salvador e no interior da Bahia, em Feira de Santana, mais tarde radicada em Curitiba/PR. Faz dos lugares por onde passa parte indispensável de sua criação e trajetória. Artista pesquisadora, é graduada na Faculdade de Artes do Paraná e residente da Casa Selvática em Curitiba desde a sua fundação em 2012. Explora em suas pesquisas o desgaste entre as fronteiras de linguagens – a performance, a dança, o teatro e a música – e a hibridização das mesmas.

Stéfano Belo

>> Para inscrições e bolsas acesse o link na bio de instagram.com/ativa_atelier

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